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Criolipólise: o que é, quando fazer, como é feita, riscos e cuidados

Escrito em 13 de Abril de 2023

Criolipólise: o que é, quando fazer, como é feita, riscos e cuidados

A criolipólise é um tratamento estético indicado para eliminar o acúmulo de gordura localizada em várias partes do corpo, como coxas, abdômen, tórax, quadril e braços, por exemplo, quando exercícios físicos ou dieta não foram suficientes para eliminá-la, podendo ser feita por mulheres ou homens que desejam reduzir as medidas.

Este tratamento, também conhecido como lipoaspiração sem cortes, é baseado na intolerância das células de gordura a baixas temperaturas, rompendo-se quando estimuladas pelo equipamento. A criolipólise garante a eliminação de cerca de 25% da gordura localizada em apenas 1 sessão de tratamento.

Na criolipólise é utilizado um equipamento que congela as células de gordura e, por isso, para que seja eficaz e seguro, o tratamento deve ser realizado por um profissional qualificado, com um aparelho certificado e com a manutenção em dia. Quando isso não acontece, existe o risco de complicações graves, principalmente o aparecimento de queimaduras de 2º ou 3º grau.


Quando é indicada?


A criolipólise é indicada para:

Remover depósitos de gordura localizada;
Eliminar gordura de regiões específicas, quando exercícios físicos e dieta não são suficientes para eliminá-las;
Reduzir medidas;
Remodelar o contorno corporal.
A criolipólise pode ser realizada em diferentes partes do corpo, como abdômen, coxas, flancos, braços, papada do queixo, joelho, axilas, ou parte posterior do tórax, por exemplo.

A criolipólise ajuda a remover a gordura, mas não interfere no peso, por isso, não é indicada para emagrecimento.

 

Como é feito o tratamento?


A criolipólise é um procedimento simples, sendo que, para fazer a técnica, o profissional coloca uma manta de gel protetor na pele e depois posiciona o equipamento do tamanho adequado para a região a ser tratada.

O aparelho funciona fazendo uma sucção e resfriamento da área até cerca de -7 a -10ºC durante 1 hora, que é o tempo necessário para que haja congelamento das células de gordura.


Após terminar a sessão de criolipólise, o aparelho e a manta de gel são retirados da região tratada, e a área é massageada por cerca de 2 a 3 minutos para ajudar a quebrar as células de gordura.

 

Para onde vai a gordura da criolipólise?


Ao congelar as células de gordura, ocorre um processo inflamatório no local, o que leva a apoptose, que é a morte programada das células de gordura, que são então eliminadas do corpo naturalmente pelos sistema linfático, através de um processo chamado fagocitose, em que os glóbulos brancos do sangue "digerem" as células de gordura mortas.

Na criolipólise, as células de gordura não são eliminadas pela urina ou fezes.

 

Tipos de criolipólise


Existem diferentes tipos de criolipólise que variam de acordo com a técnica utilizada, sendo os principais:

Criolipólise tradicional: é feita aplicando a manta de gel sobre a região a ser tratada, e em seguida o aparelho que suga a pele da região e promove o congelamento das células de gordura;
Criolipólise em placas: essa técnica utiliza uma placa para realizar o congelamento das células de gordura, não utilizando o sistema de vácuo para fazer a sucção da pele, o que reduz o risco de queimaduras na pele por erro na colocação da manta de gel;
Criolipólise de contraste: é feita utilizando o calor e o frio para eliminar os depósitos de gordura. Geralmente o calor é aplicado antes e após o resfriamento das células de gordura, potencializando o efeito do tratamento;
Criolipólise 360: esse tipo de criolipólise utiliza um aparelho em 5 dimensões (5D), diferente da criolipólise tradicional que é 2D, promovendo um resfriamento mais uniforme e permitindo o tratamento da área de forma mais abrangente.
O tipo de criolipólise deve ser indicado pelo profissional após avaliação da região a ser tratada e objetivos e riscos do tratamento.


Cuidados após o tratamento


Após a criolipólise é indicado realizar uma sessão de massagem local para uniformizar a área tratada. Além disso, é recomendado que seja realizada pelo menos 1 sessão de drenagem linfática ou pressoterapia para facilitar a eliminação de gordura e agilizar os resultados.

Não é necessário associar nenhum outro tipo de procedimento estético ao protocolo da criolipólise pois não existem provas científicas de que sejam eficazes. Dessa forma, basta realizar a criolipólise e realizar drenagem linfática regularmente para ter o resultado desejado.

 

Antes e depois da criolipólise


Os resultados da criolipólise começam a surgir em cerca de 15 dias mas são progressivos e vão acontecendo em cerca de 8 semanas após o tratamento, que é o tempo que o organismo necessita para eliminar completamente a gordura que foi congelada.

Após este período deve-se voltar à clínica para avaliar a quantidade de gordura eliminada e então verificar a necessidade de se realizar uma outra sessão.

O intervalo mínimo entre sessões é de 3 meses e cada sessão elimina aproximadamente 4 cm de gordura localizada.

 

A criolipólise dói?


A criolipólise tradicional pode causar dor no momento em que o aparelho suga a pele, dando a sensação de um beliscão forte, mas que logo depois passa devido à dormência causada pela baixa temperatura do aparelho.


Após o tratamento, a pele normalmente fica vermelha e inchada, por isso, é indicado realizar uma massagem local para aliviar o desconforto e melhorar a aparência. A região tratada pode ficar dolorida durante as primeiras horas, mas geralmente não causa grande desconforto.

 

Possíveis riscos para a saúde


A criolipólise é um procedimento seguro, desde que realizado por um profissional capacitado e que o aparelho esteja devidamente calibrado e com a temperatura ajustada. Caso essas condições não sejam respeitadas, há risco de queimaduras de 2º a 3º grau, tanto por causa da desregulação da temperatura, quanto por causa da manta que é colocada entre a pele e o aparelho, que deve estar íntegra.

Além disso, podem ocorrer dor, ardor, vermelhidão, inchaço, hematomas, sensibilidade ou dormência da pele na região tratada, que podem durar alguns dias a semanas após o procedimento.

Para diminuir os riscos, é indicado que o intervalo entre sessões seja de mais ou menos 90 dias, pois caso contrário pode haver uma resposta inflamatória muito exagerada do organismo.

 

Quem não pode fazer a criolipólise


A criolipólise não é recomendado para pessoas nas seguintes situações:

Gravidez;
Amamentação;
Crianças;
Obesidade;
Alergia ao frio;
Crioglobulinemias;
Hemoglobinúria paroxística noturna;
Fenômeno de Raynaud;
Hérnia na região a ser tratada;
Doença da aglutinina fria;
Neuropatia.
Além disso, a criolipólise também não deve ser realizada em área de pele flácida, ou que tenham feridas, cortes ou lesões, cicatrizes, veias varicosas, dermatites, eczema, psoríase ou outras lesões ou inflamações de pele.

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Escrito por Flávia Costa - Farmacêutica. Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro, em janeiro de 2023. Revisão clínica por Marcelle Pinheiro - Fisioterapeuta, em janeiro de 2023.

in: https://www.tuasaude.com